sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009


Reconstrução de criança neandertal (Foto: Instituto Antropológico da Universidade de Zurique/Divulgação)

Genoma põe em dúvida 'namoro'
entre neandertais e humanos modernos


Leitura do DNA dos hominídeos extintos teve primeira divulgação nos EUA.Pesquisadores, porém, mantiveram a maior parte dos dados em sigilo.
Se é que os primeiros humanos modernos e os neandertais alguma vez acasalaram, foi um flerte rápido, sem grandes consequências para a história da nossa espécie. A conclusão um tanto anticlimática é um dos resultados do sequenciamento (leitura) do genoma, ou conjunto do DNA,
dos neandertais, projeto cuja conclusão foi anunciada ontem durante a reunião anual da Associação Americana para o Avanço da Ciência (AAAS).
No entanto, a equipe responsável pelo projeto, coordenada pelo sueco Svante Paäbo, do Instituto Max Planck de Antropologia Evolutiva (Alemanha), preferiu esconder um pouco o jogo por enquanto, na expectativa de divulgar a versão completa dos dados num artigo científico a ser publicado nos próximos meses.
De acordo com o jornal "The New York Times", Paäbo e companhia se dispuseram a confirmar que aparentemente não há sinais de material genético originalmente neandertal incorporado no genoma humano moderno. Isso significa que, se as espécies produziram híbridos, o processo não foi importante para a evolução do Homo sapiens. No entanto, ainda é possível que o processo tenha funcionado ao inverso, com genes modernos sendo incorporados pelos neandertais via cruzamento. Para ter certeza absoluta, os pesquisadores pretendem obter o genoma de outros indivíduos da espécie extinta, já que o DNA "lido" por elas veio de um único espécime.
Os pesquisadores também confirmaram que um gene importante para a linguagem, o FOXP2, é aparentemente igual em neandertais e humanos. Isso pode indicar que eles eram tão capazes de falar quanto nós, embora outros genes estejam envolvidos na faculdade da linguagem.

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