quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

CÂNCER (CANCRO) - SINTOMAS E DEFINIÇÕES O câncer não é uma doença única, e sim um conjunto de doenças. Entenda melhor e descubra os principais sintomas.O câncer (para brasileiros) ou cancro (para os resto dos países lusófonos) é o termo usado para designar mais de 100 doenças diferentes, que apresentam em comum, o crescimento desordenado de células anormais que possuem capacidade de invadir tecidos e se espalhar para outras regiões do corpo através dos vasos.COMO SURGE UM CÂNCER?É um processo complicado, mas vou tentar escrever do jeito mais simples possível. Mais uma vez a descrição não será 100% exata, já que esse texto não é voltado para estudantes da área de saúde.O ciclo básico de vida de uma célula é se multiplicar quando necessário e morrer quando se torna velha ou quando sofre alguma lesão na sua estrutura.As nossas células são programas para se auto-destruírem em caso de alteração da sua conformação original, principalmente se houver lesão no DNA (código genético da célula, que determina suas características), não passível de reparo. Esta auto-destruição se chama apoptose. Este mecanismo evita que lesões no DNA possam ser perpetuadas através da multiplicação de células anômalas.Lesões celulares ocorrem diariamente em nosso organismo e são amplificadas pelo cigarro, radiação e produtos químicos, todas substâncias com alto potencial de lesão do DNA (carcinógenos). Só o cigarro possui mais de 4000 substâncias comprovadamente carcinógenas.Graças a apoptose, não desenvolvemos câncer a todo momento.O processo de multiplicação celular e apoptose é controlado por um grupo de genes chamado de protooncogenes. São os genes supressores de tumor. O câncer começa a surgir quando ocorrem mutações nesses protooncogenes, fazendo com que suas funções sejam abolidas. Os genes alterados passam a se chamar oncogenes, e em vez de impedir a formação de tumores, passam a estimulá-los.A partir desse momento as células com alterações estruturais não só conseguem se multiplicar, como estão protegidas da apoptose. Portanto, são células se proliferam rapidamente e não morrem. Estas são as células cancerígenas.Existem vários tipos de protooncogenes, cada tipo de câncer está relacionado a um ou mais desses. Os diferentes tipos de oncogenes explicam porque algumas famílias apresentam tendência a desenvolverem alguns tipos de câncer e porque o cigarro causa câncer de pulmão em alguns, de boca em outros, de bexiga, rins etc... A ausência de ativação de oncognes específicos também explica porque alguns fumantes nunca desenvolvem câncer.POR QUE O CÂNCER LEVA A MORTE ?As células cancerígenas além de se multiplicarem, conseguem produzir seus próprios vasos sanguíneos, o que permite a elas receberem nutrientes e formarem as massas de células chamada de tumores. Outro fator determinante é a capacidade dessas células anômalas de alcançarem a circulação sanguínea e viajarem pelo corpo.Quanto mais lesão tiver sofrido o DNA da célula, mais diferente ela será da célula que lhe deu origem. E se ela é diferente, não consegue despenhar as funções vitais que a original exerce. Então, passamos a ter um quadro onde células que não desempenham nenhuma função se multiplicam de modo muito mais rápido que o normal e passam não só a competir por alimento, como invadem e tomam o lugar das células normais.Depois de um tempo passamos a ter um pulmão em que a maioria das células não consegue captar oxigênio, um intestino que não absorve nutrientes, um rim que não produz urina... Além disso, temos uma massa tumoral que cresce tanto que começa a esmagar e obstruir outros tecidos e vasos importantes. Um tumor do pescoço pode comprimir a traqueia e causar asfixia, um tumor de intestino obstrui a passagem das fezes, um tumor cerebral pode comprimir o cérebro contra o crânio etc...A célula cancerígena tem a capacidade de invadir tecidos próximos e alcaçar vasos sanguíneos, podendo viajar pela circulação e acometer outros órgãos distantes. Este processo se chama metástase. Os tumores benignos são aqueles que não tem capacidade de metastizar.

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